sábado, 19 de novembro de 2011

Rota Caminhos da Agricultura Familiar - Marcelino Ramos


O município de Marcelino Ramos, localizado na região norte do Rio Grande do Sul, na divisa com Santa Catarina, tem como atrações turísticas suas águas termais, suas belas igrejas e também se destaca no turismo rural com a Rota Caminhos da Agricultura Familiar.
O município se consolidou como um referêncial histórico-cultural do nosso estado. Foi colonizado a partir do século 20 por diversas etnias, com destaque para os imigrantes edescendentes de imigrantes italianos, alemães, poloneses e lusos. O seu desenvolvimento está associado a construção e efetivação da malha ferroviária. O secretário de Turismo, Ayr Loss, lembra que, por um longo período, a ponte férrea sobre o Rio Pelotas, significou o único elo de ligação com o país.
- É importante ressaltar na história de Marcelino Ramos que a cidade iniciou em 1910, e comemora agora em 2010 os 100 anos da ferrovia, que era a grande ligação do Estado com o restante do país, principalmente São Paulo que na época era o grande polo consumidor.
O secretário informa que no dia 17 de dezembro ocorrerá o lançamento de um filme contando a história dos 100 anos de Marcelino Ramos através dos trilhos da estação ferroviária.
As opções de turismo na região são muitas. Além da beleza das Igrejas, do Seminário Nossa Senhora da Salette e dos esportes náuticos, o secretário Ayr enfatiza que junto às mais belas paisagens da região está o Balneário de Águas Termais.
- Hoje as opções de turismo em Marcelino Ramos são muitas, embasadas principalmente no turismo termal. Pessoas de todas as idades procuram as termas do município para as mais diversas terapias e principalmente para aliviar o strees, o grande mal do século. A região possui uma paisagem maravilhosa, o balneário está ao lado do Rio Uruguai.
No turismo rural, os visitantes podem percorrer os Caminhos da Agricultura Familiar. Valdecir José Venturin, integrante da Cooperativa de Agricultura Familiar de Marcelino Ramos, explica o roteiro e o que ele oferece.
- Pode começar pelo Café Colonial da Tia Lili onde são oferecidos produtos da agricultura familiar, são mais de 30 ítens. Também vai passar no Alambique Robaerth, onde irá conhecer a produção de cachaça realizada há 4 gerações, além de produtos derivados da cana-de-açúcar. Depois conhece a Agroindústria Familiar da Rosa, onde são produzidos embutidos, também uma receita que é passada de geração em geração como salames, copas, torresmo, banha e outros produtos. A  outra visita que é no Quinto Ranchoonde há uma infra-estrutura com pousada e restaurante.
Valdecir salienta ainda os passeios a cavalo, a trilha ecológica e a oportunidade dos turistas de conhecerem a lida do campo. Para mais informações voce pode acessar o site www.rotadaagriculturafamiliar.com.br.
Fonte:

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Arte Cemiterial


CAMINHO DOS ANTIQUÁRIOS
Viva o Centro a Pé – Dia 26 de novembro
Arte Cemiterial


O queCaminhada Orientada.
Quandodia 26 de novembro, sábado, última caminhada de 2011.
SaídaNo totem do Caminho dos Antiquários, na Demétrio Ribeiro em frente a Praça Daltro Filho, no encontro das ruas Coronel Genuíno e Marechal Floriano.
Horário10h.
Roteiro, 26 de novembroCemitério da Santa Casa e Cemitério Evangélico.


Duração: aproximadamente 2 horas.
Quem orienta: Luiza Fabiana Neitzke de Carvalho: Pesquisadora de Arte Funerária, Professora, Mestre em Artes Visuais pelo IA/UFRGS, Especialista em Patrimônio Cultural pelo IAD/UFPel,  Membro fundador da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais (ABEC) e participa da Association of Gravestone Studies (Massachusetts - USA).
O Caminho dos Antiquários:
A feira Caminho dos Antiquários é parte integrante de programas do governo municipal. Com o objetivo de revitalizar a área central o espaço, já repleto de lojas de antiguidades, foi transformado em uma grande feira a céu aberto. A rua Marechal Floriano, entre a Fernando Machado e a Demétrio Ribeiro, é fechada e as lojas colocam seus produtos na rua.
As caminhadas do Viva o Centro a Pé são realizadas duas vezes por mês, sempre aos sábados, orientadas por professores especialistas em história ou arquitetura.

Inscrições:
As inscrições devem ser feitas pelo e-mail vivaocentroape@gmail.com, e devido ao fato de irmos em um ônibus da Carris, as vagas são limitadas. Para participar, basta doar alimentos não perecíveis, que serão encaminhadas a instituições do município. Outra opção é a doação de ração para cães e gatos, que será destinada aos animais, por meio do Programa de Bem-estar Animal da Prefeitura. Existem caixas para o recolhimento no ponto de saída das caminhadas. Mais informações pelos telefones 3289.0176 e 0800517686.

Realização:
Secretaria do Planejamento Municipal (SPM), da Cultura (SMC), Turismo (SMTUR), Programa Viva o Centro e Gabinete da Primeira Dama.

Apoio:
Cia Carris e EPTC



domingo, 13 de novembro de 2011

Sete Quedas - Um das grandes belezas naturais brasieliras inundadas

 Sete Quedas



Foi a maior cachoeira do mundo em volume de água, isso mesmo, foi! Isso porque em 13 de outubro de 1982 as comportas da recém criada Usina Hidrelétrica de Itaipu foram fechadas para a criação da represa de Itaipu inundando as quedas d’água. Para se ter uma ideia de sua grandeza basta compararmos a taxa média de fluxo anual dela com as Cataratas do Niágara (a maior em volume de água atualmente), a Sete Quedas tinha um fluxo de 13.300 m³/s enquanto as Cataratas do Niágara tem hoje 2.407 m³/s. Ela se localizava na fronteira entre o Brasil e o Paraguai fazia parte do Rio Paraná, hoje ela esta localizada no fundo do lago artificial de Itaipu.

Cartão Postal de Guaíra

Quem teve a oportunidade de assistir a esse fantástico espetáculo da natureza, traz a cena gravada para sempre na retina. Mas por mais imaginativo que seja, por melhor memória que possua, jamais conseguirá reproduzir a imagem majestosa, de bilhões de metros cúbicos de água despencando por segundo do alto de ribanceiras rochosas para o abismo, com um ruído ensurdecedor.

cartão postal de Guaíra

As quedas localizavam-se em um ponto onde o rio Paraná era forçado através de um estreito desfiladeiro. Na cabeça das quedas, o rio estreitava drasticamente a partir de uma largura de cerca de 380 m a 61 m. A altura total das quedas foi de aproximadamente 114 m, enquanto a maior das 19 grandes cachoeiras tinha uma queda de 40 m de altura. O rugido da água mergulhando podia ser ouvido a 20 quilômetros de distância.

Vista geral do Salto Guaíra
(01) Salto 17; (02) Saltinho; (03) Salto 15; (04) Salto Arco-íris; (05) Salto 19; (06) Canalão; (07) Salto 17 e (08) Salto 14.


As Sete Quedas podiam ser consideradas uma das maiores maravilhas naturais, era uma verdadeira pintura de Deus. Era Constituída por 19 cachoeiras principais divididas em 7 grupos de quedas. A cidade de Guaíra foi construída em 1940 para aproveitar a potência turística da região, foi nessa época que o Brasil e o Mundo começaram a conhecer o Salto Guaíra (outro nome dado ao Salto de Sete Quedas).

Salto 17


O auge da visitação turística do local se deu nos anos 60, o Salto do Guaíra havia tomado uma grande atenção turística das Cataratas do Iguaçu, as duas quedas dividiam as atenções na época. Tudo corria muito bem, a novíssima cidade de Guaíba crescia rapidamente com o dinheiro vindo do turismo, a cidade alcançou uma população de 60 mil habitantes (hoje conta com apenas 30 mil).



As quedas eram um sucesso até que em 1979 foi decretado o fim do Salto das Sete Quedas. O governo havia decretado que a construção da Usina de Itaipu iria alagar o Salto Guaíra. Após o ocorrido, milhares de turistas se dirigiram às Sete Quedas, todos queriam vê-la antes que ela se fosse, todos queriam ver seus últimos dias.

Eram centenas de turistas todos os dias no Parque das Sete Quedas.
Eram enormes filas para dar o último adeus a grande obra da natureza.


Sua morte foi causada pela ambição política da época. As negociações para a construção da Usina de Itaipu se deram em 1960, entre o Brasil e o Paraguai. Após seis anos de negociações foi fechado um tratado para a construção da Hidrelétrica. A potência hídrica do rio foi o principal atrativo para a construção.
Em 13 de outubro de 1982, o fechamento das comportas do Canal de Desvio de Itaipu começou a sepultar, com as águas barrentas do lago artificial, um dos maiores espetáculos da face da Terra: as Sete Quedas do Rio Paraná. A inundação durou apenas 13 dias, durante este período vários ribeirinhos voltaram até a beira do rio para se despedirem das Sete Quedas. A cena foi muito triste como contam relatos de pessoas que viveram esta tragédia de perto.

As águas da nova represa foi levando tudo o que via pela frente.

Antes e durante o a inundação das quedas foram feitas varias manifestações, mas não surtiram efeito. O governo se mostrava sem opção, procurando demonstrar a riqueza que a Hidrelétrica traria ao país. Sem contar que eles também não procuraram dar muita satisfação à população. Quando uma vez questionado por que não podia fazer nada pelas quedas o Presidente brasileiro da época respondeu: “Se eu salvar Sete Quedas, o que vou fazer com aquela tremenda construção de Itaipu?”

Até o presidente João Figueiredo foi dar o último adeus ao Salto Guaíra.


O que mais nos intriga hoje em dia é a falta de respeito por parte do governo com a natureza, como esses governantes não se sensibilizaram com a beleza das Quedas? Como eles foram tão frios a ponto de matar uma das mais belas obras divinas já presenciadas pelos homens? Como puderam se deixar levar pela ganância?

parte inferior do "Canalão"
O "Canalão" era um espetáculo de som e imagem













corredeiras abaixo das quedas
Salto Arco-Íris


























Hoje já não se houve falar nela, a própria Usina de Itaipu não se deu nem o trabalho de lhe fazer uma homenagem. O governo procurou silenciar a covardia para a sua prosperidade, ao contrario, a maior Hidrelétrica do mundo não seria tão glorificada como é hoje. Mal sabemos nós os sacrifícios que a natureza teve que sofrer para nos dar mais um pouco de suas forças.

Na foto podemos ver acima como eram as Sete Quedas e o que 
restou dela após a inundação, pra falar a verdade não sobrou nada.

Em 1982, o poeta Carlos Drummond de Andrade expressa sua inconformidade com a destruição do Salto de Sete Quedas, um patrimônio natural dos brasileiros e da humanidade:
Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.

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