Após uma semana muito chuvosa e uma virada na previsão do tempo, os Trilheiros do Sul resolveram enfrentar a promessa de temperaturas máximas de 10º e ir para Cambará do Sul visitar o Canion Fortaleza.
Segundo a previsão do tempo havia até a possibilidade de neve.
Era noite quando o pessoal começou a chegar ao ponto de encontro. A saída estava marcada para as 6 da manhã. Como todos esperavam muito frio, algumas brincadeiras surgiram quando naquela hora da madrugada o termômetro já marcava 10º.
Entretanto durante a viagem, conduzida pelo Anderson, motorista da Transporte Nogara e grande amigo, o tempo foi fechado, ficando cada vez mais frio enquanto a chuva castigava o para brisa.
A viagem transcorreu tranquilamente e após passar pelo centro de Cambará do Sul alguém teve uma premonição que ninguém poderia imaginar que se cumprisse: Faria sol.
Com efeito, o sol deu as caras por varias vezes durante o dia, tímido, mas marcante.
Chegando ao Fortaleza o pessoal descobriu que as brincadeiras com o frio antes de sair de Porto Alegre eram, infundadas. Estava extremamente frio as bordas do cânion Fortaleza e um vento cortante e forte tonava a sensação mais térmica ainda mais extrema.
Os Trilheiros do Sul iniciaram o deslocamento até o mirante do Fortaleza. Diferente de todo o percurso até ali, não havia neblina no céu, o que permitiria que grupo pudesse ver toda a extensão do cânion quando chegasse ao destino.
Logo no início da caminhada um obstáculo a transpor para dar um gostinho de aventura ao passeio. O nível de água de um dos córregos que cruzam a trilha estava acima do nível normal, impedindo que se atravessasse ele sem molhar até acima das canelas. O grupo foi tentando atravessar sem sucesso. Alguns se arriscaram e se molharam, outros procuravam alguma alternativa onde a água estivesse mais rasa, mas como não havia opção o grupo iniciou um trabalho conjunto de coletagem de pedras que formariam uma ponte por onde o pessoal poderia passar sem molhar os pés.
Após alguns minutos a travessia estava pronta e o grupo atravessou mantendo a integridade e principalmente: os pés secos!
Durante o resto da subida o maior desafio era o vento. Forte ao ponto de empurrar algum desavisado e aliado ao frio o vento causava um certo sufocamento, além da sensação de adormecimento das extremidades, endurecimento das mãos e até da face.
Na metade da subida de um lado era possível avistar Torres do outro o pessoal podia ver algo inusitado: Chover pra cima!
Gotas de água que escorriam pelo paredão de pedra eram levantadas pelo vento causando um efeito surreal onde se via as gotas subirem como pequenos insetos a uma altura considerável para logo após serem arremessadas na direção dos visitantes explodindo na roupa.
Continuando a subida o grupo chegou até o topo do mirante, onde fez seu lanche e pode apreciar toda a grandeza deste que é um dos lugares mais bonitos do Rio Grande do Sul. Depois do lanche o pessoal ainda caminhou até um pouco depois do mirante, beirando o cânion e curtindo toda sua grandiosidade. Retornaram quando iniciou o fenômeno da “viração”, que é quando o ar que entrou para o continente retorna em direção ao mar, fechando de neblina a área dos cânions. Era hora de voltar para a van e iniciar o retorno para Porto Alegre. Infelizmente não foi possível desta vez, visitar a Pedra do Segredo e a Cascata do Tigre Preto, já que as chuvas da semana anterior colocaram o rio a um nível que tornava difícil a travessia. Mas ficaram estes atrativos para uma próxima vez.
Antes de pegar a estrada grupo deu uma parada no centro de Cambará, para visitar o museu do turista e para fazer a foto oficial mais difícil da história dos Trilheiros do Sul.
As pilhas da máquina estavam congeladas, impossibilitando a câmera de ligar. Outras câmeras tiveram que surgir no socorro. Enquanto isso o pessoal dava entrevista para a equipe da RBS que cobria o frio e esperava pela neve.
Logo depois a ultima parada foi no café Aratinga, onde chocolate quente, lareira e vinho fecharam o passeio com chave de ouro.

Os Trilheiros do Sul agradecem a toda equipe da Transportes Nogara, sempre disponível e atenciosa, especialmente a Daiana Nascimento, Reanulfo Pacheco e Jocimari Carrão, que após 3 eventos seguidos se tornaram membros oficiais do grupo nesse passeio e a todos que participaram, tornando possível mais essa atividade legal entre amigos.