segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Vale dos Vinhedos


Região produtora de sucos e vinhos no Rio Grande do Sul, Vale dos Vinhedos traz histórias e sabores da Itália
Arte UOL
A uva, esse objeto redondo de desejo, move a indústria e o turismo gastronômico no Rio Grande do Sul. O Estado produziu 634 milhões de quilos de uva na safra de 2008, segundo o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho). É cacho para encher estádios, colhidos em propriedades pequenas, médias ou grandes. Quase 90% das empresas vitivinícolas gaúchas estão localizadas ao norte, na Serra, no Vale dos Vinhedos e cidades vizinhas. A paisagem bonita, que lembra a Itália nas colinas com parreirais, na arquitetura e nos sotaques dos descendentes de italianos, recebe milhares de turistas a cada estação para degustar vinhos, espumantes, sucos de uva e produtos coloniais como queijos e salames.

Tudo acontece nas próprias vinícolas, que abrem suas portas, na zona rural, para leigos e especialistas no tema da enofilia, que é o amor pelo vinho. Mesmo uma degustação rápida vai testar as diferenças de sabor de uvas como a Tannat, a Cabernet Sauvignon e a Merlot, para os tintos, ou Chardonnay, Malvasia e Riesling, para os vinhos brancos. Uma visita guiada pode apresentar os métodos de fabricação de espumantes, como o charmat (refermentação em tanque) e o champenoise (refermentação na garrafa). Num curso ou conversa mais longa com enólogos, o visitante descobre que bouquet não é flor no plural, mas a sensação olfativa que um vinho mais complexo deixa experimentar, como aroma de pimenta ou cravo. Basta um final de semana na companhia de barricas de carvalho para o turista segurar a taça de outro jeito e começar a cheirar até rolha.

O chamado Vale dos Vinhedos compreende áreas dos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, a cerca de 130 km de Porto Alegre. Próximas dali, as cidades de Flores da Cunha, Caxias do Sul e Farroupilha também são importantes produtoras de uva. Bento Gonçalves é ponto de partida também para um roteiro especial, Vinhos de Montanha, no distrito de Pinto Bandeira, enquanto um circuito diferente mas de nome parecido, Vinhos dos Altos Montes, visita cantinas de Flores da Cunha e Nova Pádua.

Para quem vem de longe, alugar um carro permite circular entre dezenas de vinícolas nas rodovias e "linhas", as estradinhas sinuosas, e ainda conhecer recantos mais exclusivos, com as casas e sobrados dos Caminhos de Pedra, projeto que preserva as origens dos primeiros imigrantes italianos, erguidas no final do século 19 e começo do século 20. Tem a Cantina Strapazzon, de 1880, toda em pedra irregular, a Casa Merlin, com 43 janelas e portas nas fachadas, a Casa das Massas, de 1935, com restaurante e degustação de chá e biscoitos, em três andares de madeira, e várias outras para visitar ou apenas registrar na memória, nas fotos.

Considerando o poder etílico do enoturismo, uma alternativa de transporte são os traslados das agências de receptivo, cujos passeios de um turno ou dia inteiro propõem uma combinação de vinícolas, restaurantes, lojas e lugares históricos, como a Igreja São Bento, em forma de pipa gigante. Dá para misturar tintos, brancos, espumantes e grappas nas degustações, sem medo de precisar dirigir na volta. Existem pacotes que privilegiam a alta gastronomia, em jantares exclusivos, com a presença de chefs e sommeliers.
VALE DOS VINHEDOS
Cris Gutkoski/UOL
Rio Grande do Sul produziu 534 milhões de quilos de uva
Cris Gutkoski/UOL
Capelas e casas de pedra e madeira são marcas da colonização italiana
Cris Gutkoski/UOL
Roseiras diante dos parreirais no Vale dos Vinhedos
 CONHECE VALE DOS VINHEDOS? DÊ DICAS
FOTOS DO DESTINO
VINÍCOLAS

Principal produtora de vinhos e espumantes do Brasil, a região do Vale dos Vinhedos obteve em 2007 o reconhecimento, pela União Europeia, de seu Selo de Indicação de Procedência. Desde então, com o selo de qualidade IPVV colado no gargalo, cresceram a participação e a premiação dos vinhos gaúchos em concursos internacionais. O know-how é longo: a primeira cooperativa vinícola brasileira surgiu ali, nos anos 30 do século 20. As uvas e o trabalho braçal para fazer o vinho deram a primeira indústria para Caxias do Sul e região. A cidade celebra a sua Festa da Uva desde 1931, há quase 80 anos.

Essa tradição ampliou os roteiros turísticos e criou uma diversificada estrutura de hospedagem. Há pousadas simples ou luxuosas, hotéis com instalações modernas e o sonho de consumo de qualquer amante do vinho: a hospedagem na própria vinícola, com vista desde a janela do quarto para as curvas sem fim dos parreirais, que ficam especialmente animados na época da colheita, de janeiro a março.

No extremo Sul, cada estação do ano traz temperaturas diferenciadas. Visitar as vinícolas de junho a agosto agrega o charme extra da neblina e do frio, convidando os visitantes a se demorarem diante da fartura das refeições nas cantinas. As temperaturas amenas do outono e primavera facilitam a vida nas trilhas a pé, de bicicleta e o circuito das atividades ao ar livre no Vale do Rio das Antas, especialmente o rafting. Os meses de calor tornam mais atraentes as borbulhas geladinhas da Rota dos Espumantes, e quem visita o Vale dos Vinhedos de novembro a janeiro pode espichar a viagem até Gramado e Canela, a 120 km, para conferir a decoração ultraespecial de Natal.

Mas são os meses da colheita, de janeiro a março, os mais divertidos. Eles coincidem com as maiores festas, a Fenavinho, em Bento Gonçalves, e a Festa da Uva, em Caxias. Junto com pelotões de moradores, os turistas também podem botar a mão na massa, ou melhor, nos cachos que enchem os cestos rumo às fábricas. É a hora de descobrir todos os roxos, rosados e verdes do universo, os aromas, açúcares e texturas dos grãos, notar que uvas comuns fazem os vinhos de mesa e uvas nobres são reservadas para vinhos finos. Na vindima, os parreirais que exibiam os galhos secos no inverno explodem em cores e cheiros. Acostumados com a beleza da paisagem, com aquela Toscana subtropical no quintal de casa, os trabalhadores ainda temperam a colheita bebendo vinho desde a manhã, nos lanches com pão, salame e queijo antes do almoço.

Em qualquer época do ano, não custa trazer na bagagem uma certa disposição para ficar alegre no Vale dos Vinhedos. As altitudes superiores a 650 m da região estimulam a observação das coisas sob outros pontos de vista. Uma síntese da alegria se exibe nos trajetos de uma hora e meia da Maria Fumaça, em que atores, músicos e dançarinos interagem com os passageiros.

O vinho revela, já diziam os filósofos da Antiguidade, milênios antes da qualidade da bebida de Baco (para os romanos) ou Dioniso (para os gregos) começar a ser medida com pontos e decimais. Revela afetos, angústias, talentos insuspeitos. É comum ver gente dispensar a sobremesa do sagu para sair bailando nas cantinas. Já aconteceu de turistas pedirem garçons e músicos em casamento, ou vice-versa. Volta e meia alguém repete a taça, ganha coragem, sai da mesa e pede à banda para tocar o acordeão de sete baixos, um tango ou uma valsa do folclore alemão, para variar o repertório de tarantelas. A animação ali resulta de uma assemblage de humores, dos colonizadores italianos, esses românticos, e da irreverência local, que elege qualquer tema como motivo de gozação, de trocadilho. É claro que até o final do dia alguém vai dizer que os hóspedes do spa do vinho saem de lá se sentindo umas uvas.

GRUPO DE DISCUSSÃO

NO UOL

Portais regionais


Prefeitura de Bento Gonçalves
www.bentogoncalves.rs.gov.br

Secretaria de Turismo de Caxias do Sul
www.caxias.tur.br

Vale dos Vinhedos
www.valedosvinhedos.com.br

Caminhos de Pedra
www.caminhosdepedra.org.br

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Caminhadas Turísticas de Verão - 14 de janeiro de 2012


Viva  o  Centro  a  Pé

Caminhadas Turísticas de Verão
Bairro Moinhos de Vento

Em primeiro lugar quero desejar a todos um Feliz Natal de um Ano Novo cheio de realizações. Sem a participação de vocês esse projeto não seria o modelo que é hoje, obrigada.

Sobre os meses de janeiro e fevereiro, o Programa Viva o Centro a Pé realizará o projeto Caminhadas Turísticas de Verão, oferecendo passeios por atrativos turísticos de Porto Alegre. Acompanhados por um guia de turismo, as caminhadas a pé terão quatro edições, sempre aos sábados, com saídas às 10h. Da mesma forma que o programa tradicional, a edição de verão terá duração média de duas horas e prevê a visita externa e interna a prédios e monumentos com roteiros diferenciados.

A mudança fica por conta dos locais de saída de cada roteiro. A realização continua sendo das Secretarias Municipais do Turismo (SMTur), do Planejamento Municipal (SPM) e da Cultura (SMC), do Programa Viva o Centro e do Gabinete da Primeira Dama. Apoio EPTC. 

Quando: 14 de janeiro de 2012.

Saída: Réplica do Moinho de Vento (Biblioteca Infantil Maria Dinorah), dentro do Parque Moinhos de Vento (Parcão).

Horário: 10h.

Roteiro e atrativos: Parque Moinhos de Vento, Monumento   em homenagem a Castelo Branco, Calçada da Fama, Hidráulica Moinhos de Vento, Praça Júlio de Castilhos, Colégio Bom Conselho, Hospital Moinhos de Vento e Rua Gonçalo de Carvalho (A rua mais bonita do mundo).

Quem guia: Peterson Brum – Guia de Turismo - Smtur.

Inscrições: As inscrições devem ser feitas pelo e-mail vivaocentroape@gmail.com. Para participar, basta doar arroz, feijão ou óleo de cozinha, que serão encaminhados a instituições do município. Outra opção é a doação de ração para cães e gatos, que será destinada aos animais, através da SEDA - Secretaria Especial dos Direitos Animais. Mais informações pelos telefones 3333-1873 e 0800517686.



Liane Klein
Prefeitura de Porto Alegre
Gabinete da Primeira-Dama
3289.3738

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nove mitos e verdades a respeito da bicicleta


Nove mitos e verdades a respeito da bicicleta


Moutain bike pode ser praticado por todos
Moutain bike pode ser praticado por todos
Foto: Arquivo Webventure
1  2 
Depois que entrei para o “planeta dos bikers”, passei a enxergar duas comunidades distintas. Uma delas é dos ciclistas que já pedalam há muito tempo e conhecem profundamente todas as informações que giram em torno da bicicleta. A outra comunidade é a dos novos adeptos ou aqueles que pedalam não mais que cino vezes ao ano. No grupo dos novatos e menos assíduos há muito desconhecimento a respeito de equipamentos, exercícios, tipos de bicicletas, entre outros itens.

Este desconhecimento acaba criando uma série de mitos que dificultam a vida de quem está iniciando ou retomando o pedal, e desestimulando aqueles que ainda estão pensando se devem ou não entrar neste planeta.

Portanto vou desmistificar alguns dos principais mitos.

Mito: Preço Baixo e Bicicleta boa
Verdade: Não existe bicicleta boa e baratinha. As bicicletas boas, além do quadro, têm na sua composição componentes de alta tecnologia que visam o melhor desempenho, segurança e conforto do usuário. Lembre-se que o custo de propriedade de uma bicicleta é muito baixo. O investimento inicial pode parecer alto, mas você vai usar este bem por muitos anos. Em uma conta muito básica, divida o preço da bicicleta por pelo menos cinco anos. Se você não ficar aficionado por bikes, é bem provável que irá trocá-la após cinco anos ou mais.

Mito: Bicicleta baratinha é melhor para iniciantes
Verdade: É um grande equivoco pensar em comprar uma bicicleta barata porque está iniciando no esporte. Quem está começando em geral não tem o preparo físico específico para pedalar e desconhece as técnicas. Portanto, pelo menos um item tem que ser bom para você usufruir do pedal: a bicicleta. Isso é para compensar a falta momentânea de desempenho. O seu preparo virá com o tempo e com a prática. A bicicleta ruim, não tem como melhorar, sempre será ruim. A sua falta de conhecimento e despreparo físico, atrelado a uma bicicleta ruim, vai dificultar a avaliação do seu rendimento e do nível de sua pedalada. Conseqüentemente, você não saberá se a falta de rendimento é por conta do despreparo ou por conta da bicicleta. O maior motivo de desistência dos iniciantes está relacionado a equipamentos inadequados.

Mito: Qualquer bicicleta serve
Verdade: Existem diversos tipos de bicicleta, uma para cada tipo de pedal. Há bicicletas de montanha, as mountain bikes; bicicletas de corrida ou estrada, chamadas speed; bicicletas de passeio, cicloturismo e as bicicletas urbanas. Além do tipo, as bicicletas têm tamanho. Não ceda às adaptações. Muitos lojistas vendem o tamanho errado e dizem que com um pequeno ajuste a bicicleta ficará boa. Não é verdade. Inúmeras pessoas usam bicicletas muito pequenas ou muito grandes, totalmente incompatível com sua estatura. Ligue diretamente para o fabricante ou distribuidor e se informe. Só depois vá à loja com a informação do tamanho adequado à sua altura.

Mito: É difícil transportar a bicicleta 
Verdade: Com um pouco de boa vontade e conhecimento, as coisas ficam mais fáceis. Atualmente, estão disponíveis nas lojas especializadas diversos tipos de suporte para transportar da bicicleta com conforto e segurança. Transportar a bicicleta dentro do carro é fácil e possível, basta saber como remover as rodas e o modo correto de colocar o quadro dentro do porta-malas. Ainda há a parte interna do carro, no vão entre os bancos dianteiros e traseiros - neste caso recomendo o uso da mala-bike de lona.

Mito: Pedalar é desconfortável
Verdade: Pedalar pode doer um pouco somente nas primeiras vezes, principalmente os ísquios, localizados na zona inferior da pélvis (quadril). Porém, pedalar não dói e nem é desconfortável. Caso sinta dor ou desconforto, existem vários itens a serem observados, como por exemplo, o tamanho da bicicleta, ajuste da bike ao seu corpo, roupas inadequadas, problemas esqueléticos ou musculares, entre outros.

Mito: Prática esportiva e campeonatos são para atletas 
Verdade: Muitas pessoas usam a bicicleta somente para o laser, passeios pela orla da praia, em parques ou ciclovias nos finais de semana. Imaginam que a prática do ciclismo ou do mountain biking é somente para atletas. As pessoas podem e devem utilizar a bicicleta na modalidade esportiva, o que é muito divertido. Dá um novo objetivo ao uso da bike. É um excelente recurso no processo de redução de peso e condicionamento físico. O ciclismo é um esporte que facilita o desenvolvimento de laços de amizade, principalmente no mountain biking, cujo grupo de participantes tem mais chances de conversar e interagir durante a pedalada pelas trilhas. A grande massa de contingente de uma competição é composta por amadores e alguns iniciantes. A participação para uma competição demanda um preparo mínimo, portanto lhe dará objetivo e motivação para praticar frequentemente o esporte.

Mito: O mountain biking é um esporte de risco que exige demais dos praticantes
Verdade: O termo mountain biking foi criado para definir a modalidade de ciclismo na qual o objetivo é transpor percursos com diversas irregularidades e obstáculos. Em alguns países a bicicleta de mountain biking é chamada de BTT, bicicleta para todo terreno, pois este tipo de ciclismo é praticado em estradas de terra, trilhas de fazendas, trilhas em montanhas, dentro de parques e até na cidade. Apesar de ter como conceito básico a transposição de obstáculos, existem diversos níveis de prática de mountain biking. Há muitos passeios que são feitos por trilhas e estradas de terra batida, largas, sem buracos, com pouco ou quase nenhum aclive ou declive e distância curta. Portanto, fique tranqüilo, o mountain biking pode não ser radical, e sim uma grande diversão para quem quer estar em contato direto com a natureza.

Mito: Estou acima do peso para pedalar, preciso emagrecer antes de iniciar 
Verdade: Esta é uma fala frequente das mulheres. Um dos grandes benefícios de pedalar é o emagrecimento. Para quem precisa emagrecer, o uso da bicicleta é um método prático, divertido e prazeroso, além de proporcionar um emagrecimento eficiente e saudável.

Mito: Estou velho ou velha demais para começar a pedalar 
Verdade: O ciclismo é uma prática esportiva democrática e abrangente. Qualquer pessoa pode pedalar, pois não exerce impacto nas articulações, e a pessoa estabelece o próprio ritmo de acordo com suas condições físicas e objetivos do exercício em si. São raras as recomendações médicas contra prática.

Claudia Franco


A biker Claudia Franco é idealizadora do CicloFemini, que, segundo ela, "não é um grupo de ciclistas, mas um conceito de vida, uma ação, um movimento para inspirar e motivar as mulheres a obterem uma melhor qualidade de vida por meio da prática esportiva, conscientização corporal e desenvolvimento emocional”. Para saber mais, acesse www.ciclofemini.com.br.

Seguidores